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ACTA do XLI CAPÍTULO GERAL
Criado por jvieira em 04/07/2014 02:22:17

ACTA do XLI CAPÍTULO GERAL - "Flores da amendoeira-macieira e Borrego Terrincho"

ATA de l XLI Capítulo Giral – “Flores de l'almendreira i maçaneira i Aninho Terrincho”


ACTA do XLI CAPÍTULO GERAL - "Flores da amendoeira-macieira e Borrego Terrincho"

ATA de l XLI Capítulo Giral – “Flores de l'almendreira i maçaneira i Aninho Terrincho”

Aos vinte e nove dias do mês de Março do ano da graça de dois mil e catorze, às onze horas e meia em ponto, reuniu-se no CITICA - Centro de Inovação Tecnológico Inovarural de Carrazeda de Ansiães, o Capítulo Geral da Confraria dos Enófilos e Gastrónomos de Trás-os-Montes e Alto Douro, presidido pelo Magnífico Grão-Mestre. Da agenda da assembleia magna da confraria constavam os seguintes pontos:

  1. Entronizações;

  2. Apresentação da CEGTAD – Internacional e do projecto PITER (Produtos de Identidade Territorial - Trás-os-Montes e Alto Douro);

  3. Assuntos de interesse geral.

O Mestre dos Ritos e das Cerimónias abriu o Capítulo de Primavera solicitando ao Respeitável Grão-Mestre a participação na Assembleia Magna da Confraria do Sr. Presidente da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal, respectivamente José Luís Correia e João Manuel dos Santos Lopes Gonçalves em nome do Município Anfitrião, tendo sido concedida essa honra.

A Câmara Municipal presenteou a plateia com a apresentação de vídeo promocional do concelho que deixou todos os participantes encantados com as riquezas naturais que proporcionam a obtenção não só de produtos de excelência em que se destaca o Vinho do Douro e do Porto, a Maça, o Azeite, a Amêndoa e o Borrego, mas também a existência de águas termais únicas e de paisagens deslumbrantes. A esta excelência não é alheia a sua localização no coração do Douro Vinhateiro e uma cultura impar proporcionada pela riqueza da sua história e do património arquitectónico e arqueológico que o seu povoamento ancestral gerou, o seu artesanato, gastronomia e afabilidade das suas gentes. Toda esta riqueza e os circuitos turísticos propostos seduziram todos os participantes a voltarem brevemente às Terras de Ansiães.

O Sr. Presidente da Câmara dirigiu umas palavras amáveis de apreço pela escolha do seu Município para a organização do Capítulo, exaltando a qualidade das ofertas turísticas que estão à disposição do visitante. O Grão-mestre agradeceu as palavras do anfitrião, fazendo referência elogiosa ao detalhe com que tínhamos sido recebidos no Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães e na consequente visita à sua vila amuralhada, sempre acompanhados pela explicação aprofundada da nossa guia.

Seguidamente o Grão-Chancelar procedeu à leitura da Ata do Capítulo anterior, tendo sido a mesma aprovada pelos confrades por unanimidade.

O Mestre de Ritos e Cerimónias anunciou cinco novas entronizações, três de confrades noviços e outras duas de confrades legatários, referindo pequena alteração na apresentação de candidatos que passaria a ser auxiliada através das novas tecnologias de informação. Os candidatos a Confrade Noviço foram apresentados pelo Venerável Grão-Mestre e os Legatários pelo Grão Conselheiro.

O primeiro confrade a ser proposto à Assembleia foi o António Tiza, tendo sido projectado o seu resumo curricular, onde ressalta que toda a sua actividade tem sido voltada para a difusão da cultura transmontana, com especial destaque para as máscaras e outros ritos cerimoniais de Bragança e Zamora que atestam a riqueza etnográfica desta região transfronteiriça. Amigo de longa data do Magnífico Grão-Mestre e de parte dos confrades, o candidato tem participado em trabalhos conjuntos com a Confraria, destacando-se o seu papel enquanto presidente da Região do Turismo do Nordeste. A leitura atenta dos seus livros é a melhor forma da Assembleia percepcionar a importância para a confraria de poder conviver com o candidato a confrade noviço.

Posteriormente, o Estimável Grão-Mestre apresentou Nuno Gonçalves à Assembleia, seu concidadão moncorvense, actual presidente do Município de Torre de Moncorvo e exímio fadista, destacando a sua actividade de brilhante advogado na defesa dos interesses da Região.

A proposta de Jean-Luc Guinoiseau a membro da Confraria tem a sua origem no esforço que o luso-francês tem vindo a desenvolver em prol da internacionalização dos produtos das Terras de Ansiães, região de nascimento de sua esposa, a pintora Margarida Cepeda. Depois de uma vida profissional liga à banca internacional, tem alterando a sua vida entre França, Périgord e Trás-os-Montes, Vilarinho da Castanheira, tendo decido investir na Agricultura.

A proposta de entronização deste novo confrade serviu de mote à apresentação do Projecto PITER - Produtos de Identidade Territorial por parte do Venerável Grão- Mestre. Este projecto nasceu naturalmente da necessidade da CEGTAD enveredar todos os esforços para que os produtos que tão sabiamente são produzidos pelas gentes de Trás-os-Montes e Alto Douro tenham a valorização intrínseca à sua qualidade nos exigentes mercados internacionais em que a globalização veio obrigar a uma maior competitividade. Na verdade, a obrigação estatutária de defesa do prestígio, da valorização, da promoção e da divulgação dos vinhos e da gastronomia da região de Trás-os-Montes e Alto Douro encontrarão impulso significativo no desenvolvimento do projecto PITER, no caso de a Assembleia aprovar o envolvimento da Confraria.

Dentro do mesmo princípio da pró-actividade da Confraria o Magnífico Grão-Mestre apresentou a CEGTAD Internacional, um projecto que vem sendo amadurecido durante um ano e que nasceu na necessidade de criar uma Delegação da Confraria no Brasil com o objectivo de promover os produtos de Trás-os-Montes num dos nossos principais mercados mas que foi rapidamente ultrapassado pela realidade com a necessidade de criar delegações em Angola e França. Foi aproveitada a proposta de entronização de Jean-Luc Guinoiseau para apresentar a capa a ser utilizada nos eventos organizados através da CEGTAD – Internacional.

O Venerável Grão-Mestre elucidou a Assembleia sobre o papel da participação da Confraria no projecto consubstanciado na Sociedade Anónima PITER, constituída pelo agrupamento de produtores do sector agro-alimentar associado à Rota do Azeite. No escrupuloso respeito do n. 3 do Art.º 3.º dos estatutos a participação da CEGTAD no projecto será sempre realizada no estrito dever de independência. Referiu que são já dez os produtos que neste momento estão prontos a serem comercializados pela sociedade e que o papel da CEGTAD será meramente consultivo, apesar de ser a chave do sucesso do projecto. Esse Conselho Técnico e Consultivo, cujos membros são indicados pelo Directório de Notáveis, será presidido por um conceituado Prof. Catedrático da UTAD na área da Tecnologia Agro-Alimentar que por coincidência exerce o cargo de Grão-Conselheiro e por mais quatro elementos. O Grão Restaurador Bessa Guerra e a Grã-Escançã, Celeste Marques, ambos por razões óbvias, a Vice Grã-Mestre, Isabel Escudeiro, Médica Veterinária que tem desenvolvido a sua actividade na caracterização e defesa dos produtos de origem animal de Trás-os-Montes e, por fim, o próprio Grão-Mestre que, ao que dizem, tem demonstrado alguns conhecimentos na avaliação gustativa de alguns produtos, nomeadamente em provas de vinhos e azeites.

Tendo em consideração a importância da Sociedade PITER e na observância dos estatutos, foi entronizada a Sociedade PITER como Confrade Protector, tendo sido indicado pelos detentores do capital desta empresa para a representarem o Presidente da Assembleia Geral, Américo Pereira.

Finalmente o Magnífico Grão-Mestre informou a assembleia que estava em discussão o regulamento da CEGTAD Internacional, nomeadamente as condições em que a capa proposta para a nossa representação internacional e demais insígnias poderão ser utilizadas e que seria objecto de consolidação no Capítulo Extraordinário de Verão a realizar a 7 de Junho em Peniche.

O Capítulo Geral pronunciou-se favoravelmente à entronização dos novos confrades noviços, bem como à rectificação do Confrade Protector, tendo sido igualmente decidido por unanimidade a participação da CEGTAD no Conselho Técnico e Consultivo da Sociedade PITER e a anuência para a criação do regulamento da CEGTAD Internacional.

Seguidamente o Mestre de Ritos e Cerimónias solicitou ao Grão Conselheiro que apresentasse à assembleia as propostas de entronização de Confrades Legatários, Alexandre Maris e Luís Miguel Nazaré Pereira no sentido de prosseguirem com a promoção de Trás-os-Montes e a divulgação dos seus produtos e das suas gentes. Referiu ainda a grande responsabilidade dos confrades delegatários do dever de estarem em condições de superar o mérito do confrade que originou o legado.

Após aprovação do Capítulo Geral, o Grão Conselheiro procedeu à leitura dos deveres dos confrades recém-entronizados de conformarem-se com os estatutos e demais regulamentos da confraria e as determinações do nosso estimável Grão-mestre; Conhecer, defender e promover os excelentes vinhos e a magnífica gastronomia, bem como os produtos tradicionais que são laboriosamente trabalhados pelas gentes de Trás-os-Montes e Alto Douro; renegar às bebidas e comidas que, de todo, não têm nada de natural, de autêntico e praticar sempre a arte de bem comer e de beber com moderação mas bem. Por fim, respeitar os demais confrades, prestando ajuda sempre que for necessário e tudo fazer para dignificar o bom nome da nossa confraria.

Antes do Mestre de Ritos e Cerimónias dar por encerrado o Capítulo, os participantes tiveram ainda a oportunidade de observar a elevada variabilidade das castas durienses através das aguarelas de Pintora Teresa Ferrã.

Carrazeda de Ansiães, aos 29 de Março de 2014

O Grão-Chanceler,

José Vieira

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